CLAUDIA XIMENEZ

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Possui Graduação em Pedagogia pela UNESP(1991),Especialização em Psicopedagogia pela USP (1993), Mestrado em Psicologia da Educação pela USP (2001)e Doutorado pela UNESP (2013). Sou Profa Adjunto no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), junto à área de Psicologia Educacional, desde 2001. Em meu percurso profissional, atuei como Psicopedagoga Clínica e Institucional em instituições públicas paulistas (São José dos Campos, Bebedouro e Ribeirão Preto) durante 7 anos; Fui Docente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2001; Docente e Orientadora de Monografias em Cursos de Especialização na área de Psicopedagogia ; Coordenei um Programa de Extensão, "Ludoteca", onde desenvolvi estudos e orientei monografias, TCCs e bolsistas na tematica "Brincar na Infância em contextos educativos não-formais". Tenho experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Brincar na Infancia; Ludicidade e Formação de Professores; Memória Lúdica de Professores e implicações na pratica e concepções docente; Cinema e Infância; http://lattes.cnpq.br/1868082043428099

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Cinema e educação: reflexões sobre arte e sociedade 

Por Blog Acesso

Charles Chaplin, Bonequinha de luxo, D. W. Griffith, Irmãos Coen, O Mágico de Oz.
O que têm em comum esses nomes? Em diferentes épocas, cineastas e filmes fizeram da sétima arte mais do que entretenimento, levando à população educação e informação.

Desde o fim do século 19, quando as primeiras sequências fílmicas foram apresentadas pelos Irmãos Lumière, o cinema encantou as pessoas, com sua capacidade de criar universos inesperados e até de mostrar novos ângulos de situações e lugares conhecidos. Porém, o que para uns representava fascínio, para outros soava como um mecanismo de alienação.

Esse contraponto levou estudiosos, cineastas e artistas do mundo inteiro ao debate sobre a relação entre o cinema e o posicionamento crítico do espectador – ou, de forma mais objetiva, entre o cinema e a educação. Eles perceberam que essa relação não só é importante, como fundamental para o futuro do cinema e do desenvolvimento sociocultural da população.

Segundo o estudo A Educação pelo cinema, realizado pelos pesquisadores Gabriela Domingues Coppola, Gabriela Fiorin Rigotti e Carlos Eduardo Albuquerque Miranda, a indústria cinematográfica sempre foi considerada “um poderoso instrumento de educação e instrução”, até mesmo por produtores e diretores.

Para os pesquisadores, o cinema coloca as questões do mundo numa seqüência que não se destina apenas à compreensão da história que está sendo narrada. “Este arranjo fílmico é um arranjo didático, em que o espectador, ao concentrar-se na história, aprende a olhar para o mundo, criando com as imagens uma visão de mundo”, explicam.

Sobre o assunto, Mônica Fantin, do Núcleo Infância, Comunicação e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, vai além. Para ela, a relação entre cinema e educação pode ser entendida a partir de dimensões estéticas, cognitivas, sociais e psicológicas. “Isso porque, ao analisar o cinema como um meio de contar histórias com imagens, sons e movimentos, mais do que a consciência, atinge-se os âmbitos social, político e cultural de cada pessoa.

A experiência estética tem um respeitável papel na construção social e pessoal de significados de jovens e crianças”, afirma em Da mídia-educação aos olhares das crianças: pistas para pensar o cinema em contextos formativo. Do conceito à experiência concreta, o Cineduc, entidade sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro, criou uma metodologia de ensino e sensibilização para capacitar professores ao trabalho com as linguagens audiovisuais nas escolas.

Segundo Elisabete Bullara, secretária executiva da Organização, é importante modificar o processo educativo por meio do desenvolvimento da consciência crítica e da expressão criativa, “mas antes disso, é preciso democratizar o acesso ao cinema. Por isso, promovemos festivais periódicos com entrada franca”, comenta.

Diretor e professor de cinema, Marcos Pimentel concorda que a formação de público no Brasil é realmente necessária, mas acha que a ação não pode ser tratada de forma isolada. Para ele, o aprendizado cinematográfico é fundamental para o desenvolvimento tanto do cinema quanto da sociedade. “Falamos de analfabetos funcionais, de pessoas que assinam o próprio nome mas não sabem o que lêem. Porém, nos deparamos cotidianamente com analfabetos sócioculturais, pessoas incapazes de enxergar o que está por traz da história de um filme”.

Engajado em movimentos como o Festival Cineport – evento que reúne, anualmente, produções cinematográficas de países de língua portuguesa, do qual é coordenador –, Pimentel acredita que o papel do cinema é gerar mudanças. “Com o desenvolvimento de uma linguagem audiovisual e de um público qualificado, formaremos pessoas mais conscientes de seus próprios atos, construtoras da identidade cultural de sua nação, autores de sua própria história”, afirma.

Dez anos atrás, o filósofo Edgar Morin escrevia a pedido da UNESCO o texto Os sete saberes necessários à educação do futuro. Nele, o pensador afirmava: “A redução do outro, a visão unilateral e a falta de percepção sobre a complexidade humana são os grandes empecilhos da compreensão. Outro aspecto da incompreensão é a indiferença. E, por este lado, é interessante abordar o cinema, que os intelectuais tanto acusam de alienante.

Na verdade, o cinema é uma arte que nos ensina a superar a indiferença, pois transforma em heróis os invisíveis sociais, ensinando-nos a vê-los por um outro prisma”.

Luíza Costa / blog Acesso

Tags: A Educação pelo cinema, arte, Carlos Eduardo Albuquerque Miranda, cineduc, cinema, cineport, cultura, Edgar Morin, educação, Gabriela Domingues Coppola, Gabriela Fiorin Rigotti, Marcos Pimentel, Mônica Fantin, Os sete saberes necessários à educação do futuro

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