CLAUDIA XIMENEZ

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Possui Graduação em Pedagogia pela UNESP(1991),Especialização em Psicopedagogia pela USP (1993), Mestrado em Psicologia da Educação pela USP (2001)e Doutorado pela UNESP (2013). Sou Profa Adjunto no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), junto à área de Psicologia Educacional, desde 2001. Em meu percurso profissional, atuei como Psicopedagoga Clínica e Institucional em instituições públicas paulistas (São José dos Campos, Bebedouro e Ribeirão Preto) durante 7 anos; Fui Docente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2001; Docente e Orientadora de Monografias em Cursos de Especialização na área de Psicopedagogia ; Coordenei um Programa de Extensão, "Ludoteca", onde desenvolvi estudos e orientei monografias, TCCs e bolsistas na tematica "Brincar na Infância em contextos educativos não-formais". Tenho experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Brincar na Infancia; Ludicidade e Formação de Professores; Memória Lúdica de Professores e implicações na pratica e concepções docente; Cinema e Infância; http://lattes.cnpq.br/1868082043428099

quinta-feira, 31 de março de 2011

Notas sobre a experiencia e o saber de experiencia

Indico a leitura do texto Notas sobre a experiencia e o saber de experiencia, de Jorge Larrosa,  publicado em 2002, pela Revista Brasileira de Educação, à quem se interessa pelo que a experiencia nos pode oferecer...enquanto palavra, sentido e conhecimento....

Texto escrito com a competência, o lirismo e a sensibilidade deste Doutor em Pedagogia pela Universidade de Barcelona, Professor Titular de Filosofia da Educação, que publicou diversos artigos em periódicos brasileiros e tem dois livros traduzidos para o português: Imagens do outro (Vozes, 1998) e Pedagogia Profana (Autêntica, 1999).

Espero que gostem como eu. Por isso é que os indico!
Boa Leitura e uma ótima Experiência nela e com ela!

Claudia

A escola e o supermercado dos prazeres - Entrevista com Prof. Larrosa

A escola e o supermercado dos prazeres


 Jorge Larrosa, Professor da Universidade de Barcelona e Doutor em Filosofia da Educação

Maurício Guilherme Silva Jr.


Marcada pela incessante busca de sensações, a sociedade contemporânea costuma relacionar tudo aos movimentos e demandas do consumo. Diversas questões, no entanto, dizem respeito a lógicas humanistas, que ultrapassam os códigos econômicos e ressaltam a importância da diversidade e da diferença.Principalmente na educação, ressalta o professor da Universidade de Barcelona e doutor em Filosofia da Educação, Jorge Larrosa Bondía, as experiências pessoais fazem com que a escola, "essa máquina aparentemente unitária", torne-se infinita.

Felipe Zig

Larrosa: a escola "escolariza" tudo o que toca

Como o senhor analisa o sistema educacional no mundo? Que países seriam modelos de educação?

Estudei com um sociólogo, na Inglaterra, que não entendia a existência de uma disciplina chamada "educação comparada". Ela sugere uma série de sistemas educativos espalhados pelos países. Este meu colega, no entanto, não via diferença em estar numa escola em Xangai, Buenos Aires ou nos Estados Unidos. A máquina escolar é semelhante em todos os lugares. Ao mesmo tempo, se você mantém-se atento a como as pessoas dão sentido a suas experiências escolares, percebemos que essa máquina, aparentemente unitária, é infinita. Não saberia dizer, pois, quais países são modelos de sistemas educativos. Eu acho que é tarefa de cada um achar seu próprio lugar e encontrar seus interlocutores. Hoje, você pode se entender melhor com pessoas que moram em outra parte do mundo. Ao mesmo tempo, pode não ter afinidades com as pessoas que moram próximas a você. O mundo é menor e, ao mesmo tempo, maior do que nunca.

Como os professores podem aliar, ao aprendizado formal, as leituras cotidianas de seus alunos?


É bom lembrar que, em alguns lugares do mundo, a leitura não faz parte do cotidiano das pessoas. Isso não é bom, nem ruim. Seria ruim sob o ponto de vista iluminista, segundo o qual a leitura é capaz de construir diferenças entre os homens. Em relação à forma como a escola trata as experiências de leitura das pessoas, eu diria que a instituição de ensino é um aparelho de recontextualização. A escola desloca textos de seus "lugares naturais", da produção e do consumo, e os põe em um território diferente. A escola "escolariza" tudo o que toca. Literatura, na escola, não se mantém literatura. Os preceitos escolares submetem tudo à sua dinâmica.


E quais as principais diferenças entre estudar e ler?

Na essência, não haveria qualquer diferença, já que a palavra "estudo" significa "leitura". O critério de diferenciação estaria, hoje, no prazer, na fruição. Se você observa os discursos pedagógicos sobre o ato de ler, quase todos insistem na idéia de que seria preciso recuperar, na escola, o lado lúdico e prazeroso da leitura. Mas pensar a escola como uma máquina de prazer é contraditório. Ao mesmo tempo, exigir que a leitura seja absolutamente prazerosa é também uma forma de simplificar as coisas. A idéia de sempre vincular a leitura ao bem-estar diz respeito a este mundo que se tem convertido numa enorme máquina de compra e distribuição de prazer. Imagine a escola tendo que competir com esse supermercado das sensações!

Como o senhor analisa o papel das novas tecnologias em relação ao futuro das práticas de leitura?

Em Dom Quixote, de Cervantes, o padre e outra personagem fazem críticas aos livros de cavalaria consumidos pelo povo. Para eles, tais obras não estariam à altura do que realmente deveria ser lido. Até hoje, as classes abastadas criticam as práticas de leitura, sob o ponto de vista do que consideram interessante a ser lido. Essa crítica está ligada, inclusive, às novas tecnologias. Neste caso, há uma divisão entre os apocalípticos e os integrados. Alguns acham que o livro e a idéia de memória e de tradição desaparecerão por força da cultura da imagem. Esse é o discurso apocalíptico. De outro lado, há aqueles que vêem as novas tecnologias como solução para o mundo. Não acredito em nenhuma das duas idéias. Tudo, na verdade, está submetido a uma série de controles políticos, ideológicos e morais.


Mas não seria prejudicial o acesso diário a um grande volume de informações?

Isso remonta à idéia de que a leitura é uma prática lenta, isolada, silenciosa, demorada e que constrói um tempo diferenciado do ritmo cotidiano. Trata-se de um imaginário de leitura que, na verdade, nunca existiu. Contudo, as tecnologias realmente têm mudado a relação das pessoas com o tempo. Para uma pessoa como eu, que dedicou boa parte da vida ao estudo da leitura, seria de se esperar um discurso contra a Internet e a favor da cultura do livro. No entanto, talvez a cultura do livro nunca tenha sido o que as pessoas imaginaram.

O que pode ser feito para ampliar a relação entre arte e educação?

A relação da educação com a arte, desde os gregos, é constitutiva. Educação é inconcebível fora da cultura de seu tempo. Além disso, os processos educacionais são pensados como arte, e não como técnica. Portanto, a pergunta sobre como relacionar arte e educação, na essência, não tem sentido. Mas hoje a questão ganhou significado porque essa relação não é mais tão clara. O cinema, por exemplo, faz parte da cultura de nosso tempo. Seria impensável, pois, uma teoria educativa que não considere a sétima arte como algo importante. Educação, em resumo, precisa se relacionar com a cultura do presente. Do contrário, transforma-se em prática de adestramento.


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terça-feira, 22 de março de 2011

Programa da Disciplina "Cinema e Escola", cursada no Programa de Pós Graduação em Educação da Unesp Campus Araraquara / 1º semestre 2011.

Aproveito a oportunidade ao falar em cinema, para divulgar o Programa da Disciplina que estou cursando como aluna no Programa de Pos-Graduaçao em Educação, junto à UNESP, Campus de Araraquara, no primeiro semestre de 2011.

NOME DA DISCIPLINA: Cinema e Escola


PROFESSORES RESPONSÁVEIS Denis Domeneghetti Badia e Maria Cristina de Senzi Zancul

EMENTA:

O cinema. Cinema e imaginário social acerca da ciência e da escola. O uso de filmes como instrumento de observação, meio de expressão e veículo formador do imaginário social. O uso pedagógico das imagens cinematográficas. Cultura, Escola, Sociedade e Meio Ambiente.

PROGRAMA:


1. O que é cinema. Aproximações.


2. O cinema como expressão cultural.


3. O cinema como fonte para o estudo do imaginário social.


4. O uso da imagem cinematográfica em atividades pedagógicas.


5. Imaginário, Cultura e Escola.


6. Sociedade e Meio Ambiente

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BERNANDET, Jean Claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 20006

FERRO, M. O filme: uma contra-analise da sociedade. In: LE GOFF, Jaques; Nora, Pierre (orgs.) História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

GILMOR, D. O clube do filme. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2009.

LEANDRO, A. Da imagem pedagógica à pedagogia da imagem. Comunicação & Educação. São Paulo, (21), p. 29 a 36, maio/ago. 2001.

NÓVOA, j. FRESSATO, S. B. e FEINGELSON, K. (org.) Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador: EDUFBA, Ed. da UNESP, 2009.

OLIVEIRA, Bernardo Jefferson (org.) História da Ciência no Cinema. Belo Horizonte, M. G: Argvmentum, 2005.

______________________________História da Ciência no Cinema 2. Belo Horizonte, M. G: Argvmentum, 2007.


____________________________Cinema e imaginário científico. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 13 (suplemento), p. 133-150, outubro 2006.


Metz, Cristian. O significado do cinema. São Paulo, Perspectiva, 2004.

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O cinema como pratica social, de Graeme Turner


Autor: Graeme Turner

Entendendo o cinema como componente de um processo sociocultural, e não simplesmente como "sétima arte", o autor analisa a teoria da produção cinematográfica dentro deste contexto. Trazendo um sem-número de exemplos, é feita uma leitura destes segundo diversas abordagens, para a compreensão do seu significado sociocultural. O livro é fundamental para aqueles que queiram se aprofundar na conceituação teórica do cinema.


São Paulo, Editora Summus, 1993.

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Livro "O clube do Filme", de David Gilmour

Sinopse do Livro: O Clube do Filme


David Gilmour

Eram tempos difíceis para David Gilmour: sem trabalho fixo, com o dinheiro contado e o filho de 15 anos colecionando reprovações em todas as matérias do ensino médio. O autor, diante da falência, da desorientação e da infelicidade do filho-problema, faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai.


A aposta diferente resultou no Clube do Filme. Semana a semana, pai e filho viam e discutiam o melhor (e, ocasionalmente, o pior) do cinema: de A Doce Vida (o clássico de Federico Fellini) a Instinto Selvagem (o thriller sensual estrelado por Sharon Stone); de Os Reis do Iê, Iê, Iê (hit cinematográfico da Beatlemania) a O Iluminado (interpretação primorosa da Jack Nicholson, dirigido por Stanley Kubrick); de O Poderoso Chefão (um dos integrantes das listas de "melhores filmes de todos os tempos") a Amores Expressos (cult romântico e contemporâneo do coreano Wong KarWay).


David Gilmour, crítico de cinema e escritor premiado, oferece uma percepção singular sobre filmes, roteiros, diretores e atores inesquecíveis ao relatar essa vivência com olho clínico e muita sinceridade. E emociona ao mostrar aos leitores a descoberta da vida adulta pelos olhos de um jovem e os dilemas da adolescência administrados por um pai muito presente.

A Infancia vai ao cinema

Coleção "Cinema, cultura e educação", Editora Autêntica.


Release - A Infância vai ao Cinema


Os organizadores da Coleção Cinema, Cultura e Educação compreendem a Educação como uma complexa e delicada arte de tecer vidas e identidades humanas, fazendo fruir as capacidades lógico-cognitivas, estético-expressivas, e ético-morais existentes, potencialmente em cada criança e em cada jovem. Acredita-se que o Cinema pode ter uma importância fundamental nesse fenômeno. Pensando nisso, escreveram o livro A infância vai ao Cinema para mostrar como a infância e a criança vem sendo representada pela sétima arte.

Além de contar com a participação de autores brasileiros, o livro conta com autores da Espanha, Argentina e Moçambique. Como nas últimas décadas, vários filmes trabalharam com o conceito de infância como alegoria e apresentaram as crianças como atores sociais, os autores desta coletânea apostam que: “Observando as crianças nas histórias que os filmes contam, nas cenas filmadas, nas imagens e nos gestos em movimentos, descortinam-se as orientações políticas e ideológicas dos contextos em que estão inseridas, sua situação social, a pluralidade cultural, a diferença de idade e tamanho, as religiões e visões de mundo, as interações entre meninos e meninas, as relações com os adultos ou jovens, o poder e o controle institucional, a brincadeira e o trabalho, a seriedade e o riso”.

01/01/2007 — Assessoria de Comunicação


Sinopse do livro  "A Infancia vai ao Cinema"

Este livro é o quarto título da Coleção Cinema, Cultura e Educação. Desta vez, vários filmes são analisados para mostrar como a criança e a infância são representadas nas películas. Observando as crianças nas histórias que os filmes contam, nas cenas filmadas, nas imagens e nos gestos em movimento, os autores debruçam-se sobre as orientações políticas e ideológicas dos contextos em que estão inseridas, sobre a situação social mostrada, a pluralidade cultural, as interações entre meninos e meninas, entre outros pontos. Assim como os outros da Coleção é um instrumento para se pensar a relação entre Cinema e Educação.

Sobre os autores

Inês Assunção de Castro Teixeira

Doutora em Educação e professora da Graduação e Pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Condição e Formação Docente da Faculdade de Educação da UFMG e do Programa de História Oral do Centro de Estudos Mineiros da UFMG. Membro do Programa Ações Afirmativas, na mesma universidade.

José de Sousa Miguel Lopes

Doutor em Filosofia e História da Educação pela PUC São Paulo. Tem desenvolvido pesquisas e publicações sobre relações étnico-raciais e temáticas da Antropologia na Educação.

Outros Títulos desta Coleção:

Outras terras à vista -
Cinema e Educação do Campo
A juventude vai ao cinema
A diversidade cultural vai ao cinema
A escola vai ao cinema
A infância vai ao cinema
A mulher vai ao cinema

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