CLAUDIA XIMENEZ

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Possui Graduação em Pedagogia pela UNESP(1991),Especialização em Psicopedagogia pela USP (1993), Mestrado em Psicologia da Educação pela USP (2001)e Doutorado pela UNESP (2013). Sou Profa Adjunto no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), junto à área de Psicologia Educacional, desde 2001. Em meu percurso profissional, atuei como Psicopedagoga Clínica e Institucional em instituições públicas paulistas (São José dos Campos, Bebedouro e Ribeirão Preto) durante 7 anos; Fui Docente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2001; Docente e Orientadora de Monografias em Cursos de Especialização na área de Psicopedagogia ; Coordenei um Programa de Extensão, "Ludoteca", onde desenvolvi estudos e orientei monografias, TCCs e bolsistas na tematica "Brincar na Infância em contextos educativos não-formais". Tenho experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Brincar na Infancia; Ludicidade e Formação de Professores; Memória Lúdica de Professores e implicações na pratica e concepções docente; Cinema e Infância; http://lattes.cnpq.br/1868082043428099

domingo, 27 de dezembro de 2009

INFÂNCIA E LITERATURA: ECO DAS BRINCADEIRAS INFANTIS…

 Cadernos de História da Educação - nº. 4 - jan./dez. 2005

INFÂNCIA E LITERATURA: ECO DAS BRINCADEIRAS INFANTIS…


João Amado*

* Professor Associado da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Lisboa.

Resumo


Neste texto oferecemos um breve panorama de brinquedos e jogos tradicionais, construído na base de registos sublinhados em diversas obras da literatura portuguesa do séc. XIX e XX, constituindo-se, desse modo, num contributo para a história da infância. O texto estrutura-se numa sequência de doze categorias (constelações), que também nos ajudará, na continuidade de nossos trabalhos anteriores, a oferecer aos interessados uma pista para a classificação dos registos (etnográficos, históricos, literários, e outros.) em torno da enorme variedade dos brinquedos étnicos ou populares.


Este texto, eu recomendo para leitura àqueles que se interessam pela temática deste blog...

Museu do Brinquedo em Portugal - Entrevista com seu idealizador: João Arbués Moreira

Este texto, eu recomendo para leitura àqueles que se interessam pela temática deste blog... e você o localiza também na pagina recomendada no link.



João Arbués Moreira

(Colecionador que dá nome à Fundação Arbués Moreira, que administra o Museu do Brinquedo em Sintra - Portugal )

Relato de um adulto que tem na memória uma infancia permeada por lembranças de experiências lúdicas intensas e marcantes, representada por objetos ludicos específicos, papéis sociais ligados à familiares e experiências de vida as mais diversas, que, por sua vez, traduzem sua identidade cultural e pessoal.

Desde criança que para mim cada brinquedo é uma nova descoberta e uma oportunidade para sonhar.


Na minha infância, a família e em particular o meu avô materno, ofereceram-me inúmeros sonhos: automóveis, bicicletas, soldadinhos de chumbo, jogos... brinquedos que povoavam a minha realidade e que eu nunca estraguei. Guardava-os, arrumava-os, brincava com eles, e eles foram ganhando maior importância e espaço na minha vida.

Aos onze anos comecei a colecioná-los. O desejo de completar séries e de obter algumas peças mais raras levou-me a procurá-los assiduamente, e a sua aquisição tornou-se determinante e lúdica, um jogo.

Comparar coleções com as de outros rapazes da minha idade, fazer trocas e ter a grande sorte de poder comprar o que quisesse nas duas melhores lojas de brinquedos de Lisboa, tudo isto fez com que os brinquedos estruturassem a minha personalidade e se acumulassem numa determinada ordem que se foi impondo.


As viagens e o fato de ter estudado em Inglaterra, proporcionaram aquisições e contatos diversos que enriqueceram de modo muito significativo o meu acervo.

Uma verdadeira coleção que foi ocupando todos os cantos da minha casa e também grande tempo dos meus dias de adulto, procurando sempre aquele brinquedo que me faltava..

Uma procura para aquisição de peças mais antigas e o interesse pela história da humanidade que os brinquedos tão bem documentam.


A coleção passou naturalmente de privada a pública, grupos de pessoas começaram a interessar-se e a visitá-la em minha casa.

Com muito prazer partilhei os meus brinquedos com o olhar de muitas outras pessoas. Tornou-se então essencial encontrar um espaço público para expor toda a coleção.


Assim, foi criada em 1987 a Fundação Arbués Moreira, à qual doei todo o meu espólio .

Em 1989, mediante um acordo com a Câmara de Sintra foi-me cedido por esta entidade um local para a instalação do Museu do Brinquedo. Assim se inaugurou o primeiro espaço do Museu que logo se foi tornando exíguo.


Nunca parei de colecionar e, com a abertura do Museu ao público, as doações aumentaram e as peças foram-se acumulando.


Em 1997, a cedência pela Câmara de novas instalações para o Museu, no antigo quartel dos bombeiros da Vila de Sintra, veio na hora certa. Neste edifício, cheio de História, agora recuperado e adaptado a museu, encontram-se os brinquedos, meus e de todos os que comigo têm partilhado esta viagem infindável.


Os brinquedos ajudaram-me a crescer e a perceber o mundo, tornando-se primordial a sua ligação à História da humanidade.

Na minha coleção, eles falam sempre de uma pessoa, de uma vida, de uma época.

A intimidade, as modas, as guerras, as ideias, a política, a economia ligam-se eternamente ao que cada brinquedo traz dentro de si. 

Como se brincava e como se brinca? Como era o menino ou a menina que se encantou com aquele boneco ou soldado? O que se imitava ou se pretendia influenciar? A guerra ou a paz?

Questões eternas que é preciso analisar, ler e investigar, o que venho fazendo ao longo da minha vida.

Histórias, questões que, aqui no Museu, partilho com todos os que nos visitam, enriquecendo os meus conhecimentos todos os dias desta minha aventura desde criança.


Muito teria mais para contar sobre os brinquedos, suas histórias, seus artesãos, seus fabricantes, seus países de origem, etc....mas isto é apenas um site.

Tentarei, de entre os cerca de 40 000 brinquedos expostos, mostrar-vos os que mais gosto e os mais raros, não só pelo seu valor e antiguidade, mas também pela sua simplicidade e engenho.

Eis uma mostra do que originou a idealização deste Museu do Brinquedo, em Portugal.

Museu do Brinquedo em Sintra-Portugal

A coleção de João Arbués Moreira
encontra-se exposta nos 4 andares que compõem o Museu.


No Térreo situam-se os serviços de acolhimento do público.


O Museu possui bilheteira, cafetaria, loja e sanitários.


No primeiro andar poderão encontrar-se:


- Brinquedos dos séculos III e II A.C.


- Brinquedos do século XVII e XIX.


- Comboios, barcos, automóveis Carette, Lehman, Bing e outros.


- Penny toys e novelty toys.


- Personagens do circo.


- Brinquedos espaciais.


- Sala de exposições temporárias.


No segundo andar, encontram-se expostos:


Automóveis Citroën, Jep, Rossignol, Paya, Rico, Schucco, Gama, TCO, Dinky toys, Matchbox, Ingap, Burago, Polistil, Maestro e outros.


- Soldados de chumbo e massa.


- Brinquedos Portugueses.


- Brinquedos em plástico e celulóide.


- Carros de pedais, triciclos e trotinetas.


- Aviões.


No terceiro andar, o sótão das bonecas, encontram-se casinhas de bonecas, bonecas de vários materiais (porcelana, celulóide e massa), utensílios domésticos (fogões de lenha, ferros a carvão, serviços de porcelana de vários países), mobiliário miniatura, bonecas japonesas e a boneca Barbie.


Por fim, uma oficina de restauro!

Museu do Brinquedo em Sintra-Portugal

Museu da Boneca em Portugal

Museu da Boneca em Alcanena

10 de Maio de 2009


Aberto recentemente ao grande público o Museu da Boneca em Alcanena,
um espaço que acolhe um espólio de mais de 5000 bonecas da colecionadora Rosa Vieira.

Neste museu poderão ser encontradas bonecas de várias épocas, de vários materiais, que vão desde as simples bonecas de pano, até às raras bonecas de papel e as divinais bonecas de porcelana.

Do espólio de 5000 mil bonecas da colecionadora Rosa Vieira, vão estar em exposição cerca de 1000, distribuídas por dois espaços: um de exposição permanente e outro de exposições temporárias.

No primeiro, o público poderá encontrar as bonecas Alda, o tradicional bebê alemão e ainda as bonecas de porcelana.

No segundo espaço, o público encontrará modelos de bonecas mais recentes, como por exemplo as Princesas de Porcelana da Disney e os heróis também da produtora de desenhos infantis Disney. Também encontrará neste espaço marionetas, bonecas manequim, alguns brinquedos de Playmobil e as Barbies.

A colecionadora Rosa Vieira foi formando esta belíssima coleção ao longo de muitos anos, e agora vê o seu espólio preservado e disponível finalmente para ser aprecidado pelo grande público.


Fonte:O Ribatejo
http://www.portalis.co.pt/museu-da-boneca-em-alcanena/

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Projeto de Doutorado

Título do Projeto:

“Memórias lúdicas: da ludicidade na infância à cultura do brincar entre educadores de contextos rurais. Das representações às práticas educativas”.

Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar



Área Temática: Formação do professor, trabalho docente e práticas pedagógicas

Faculdade de Ciências e Letras


UNESP – Campus de Araraquara – SP

Período: 2009-2013


Orientador: Profa. Dra. Marilda da Silva
 

domingo, 13 de dezembro de 2009



Na (minha) memória lúdica cabe....entre tantas outras representações... lembranças de embalagens, sabores, propagandas, filmes, brinquedos...

... e na sua?

   Se desejar me enviar ou sugerir imagens que as representem, mande-me por e-mail, que poderei inserí-las aqui!

Podemos montar um Banco de Imagens que remetam nossas memórias lúdicas à tempos e espaços históricos, culturais e sociais bem marcantes...

Pense nisso e me encaminhe a(s) sua(s), se desejar.



Infância no Cinema

Mais uma sugestão de filme que retrata a infância no cinema:




A VOZ DO CORAÇÃO






• Título original: Les Choristes


• Direção: Christophe Barratier


• Direção de fotografia: Carlo Varini e Dominique Gentil


• Roteiro: Christophe Barratier e Philippe Lopes-Curval


• Produção: Bernard Lorain


• País: França, Alemanha e Suíça


• Ano de produção: 2004


• Duração: 95 min.




Os Coristas


O filme A Voz do Coração, que tem título original em francês Les Choristes (Os Coristas), conta a história de um professor de música, Clément Mathieu (Gérard Jugnot), que encontra emprego em um internato como inspetor.

Ao chegar, Clément se depara com um grupo de meninos oprimidos por um severo diretor, Rachin (François Berléand), que usa inclusive violência física como forma de punição para as muitas traquinagens das crianças.

Sem concordar com os métodos usados pelo diretor e professores, que diziam que toda ação leva a uma reação, o novo inspetor acoberta as atitudes dos meninos, tornando-se cúmplice deles.

Depois de ter seu armário arrombado e suas partituras pegas, Clément tem a idéia de quebrar uma antiga promessa e voltar a fazer música. Assim, ele faz daqueles rebeldes meninos um talentoso grupo de coristas, que se aperfeiçoa a cada dia.


É através da música que Clément consegue mudar a vida de meninos que não tinham liberdade para fazer nada de que gostassem sem receber uma severa punição.

Cantar se torna uma maneira de fugir de sua realidade, de suas esperas e tristezas.

Para o revoltado Pierre Morhange, por exemplo, que surpreende por sua belíssima voz, esta experiência no internato representa uma mudança de vida muito grande, e é através da música e da ajuda de Clément que ele descobre quem é de verdade.

Para os meninos, Clément representa a única chance de levar uma vida diferente dentro do internato, e isso não só através da música.

Assim como eles, o inspetor mostra que também tem tendência a quebrar algumas regras, principalmente se for para o bem de seus alunos.

O que o novo inspetor mostra para todos é que tudo o que aqueles meninos precisam é de uma oportunidade de fazer algo diferente, que lhes dê prazer sem que suas ações precisem de reações violentas.

Clément consegue mudar a visão que os professores têm dos meninos, para assim contar com a ajuda deles para dar continuidade ao coral.



A Voz do Coração é um filme tocante porque mistura sentimentos diversos, como amor, afeição, carinho, ódio, raiva e solidão.

Todos eles se misturam e aparecem em um ambiente extremamente impessoal, que é o internato, que nem parece abrigar crianças cheias de talento e força de vontade.

Sufocados pela autoridade do diretor Rachin, que não lhes dá liberdade para fazer nada de que gostam, os meninos acabam se revoltando e cometendo atos que não fazem parte de sua personalidade.

Seus talentos são abafados e seus poucos momentos de felicidade podem ser abolidos por um pequeno deslize. É neste momento que aparece Clément, com sua boa vontade e paciência com seus alunos.

Ele decide lhes dar uma chance de descobrir quem são de verdade, de fazer aquilo de que realmente gostam e em que são bons.

A música pode até não se tornar a coisa mais importante de suas vidas no futuro, mas foi por causa dela que eles se libertaram de muitas de suas angústias.

Clément e Rachin são extremos opostos - o primeiro representa a bondade, a segunda chance, enquanto o segundo representa todo o descaso de algumas pessoas para com outras.

A falta de diálogo com os alunos por parte de professores e do diretor fica muito evidente nos momentos em que Clément tenta se comunicar com os meninos.

A repressão que sempre sofreram por fazer o que lhes agradava faz com que eles se tornem pessoas fechadas à conversa. Para compensar isso, eles assumem atitudes violentas, que mais tarde acarretarão em castigos.


Aparentemente, o filme não se apresenta como uma grande inovação cinematográfica, não possui um enredo muito diferenciado e não agradou muito à crítica, apesar de ter sido sucesso de público na França.

Não possui efeitos especiais nem mistérios a serem resolvidos, e é por isso que ele é tão bom.

Sua história é simples, não exige grandes interpretações, é um filme sobre relações humanas, sobre as maneiras diferentes como as pessoas se portam.

A Voz do Coração demonstra que ações levam sim a reações, mas que os caminhos que elas podem seguir são diferentes.

Infância no Cinema

Valentin
(Valentin, Argentina/ Holanda, 2002)

Aplaudido pela crítica e vencedor de vários prêmios, o longa mostra o mundo a partir do ponto de vista de um garoto de oito anos.

Valentin é um jovem que sente a ausência dos pais, e seu maior sonho é ser uma criança comum e ter uma família realmente sua.
1960, Buenos Aires.

Valentin (Rodrigo Noya) é um menino de nove anos que vive com sua avó (Carmem Maura).
Sua mãe desapareceu quando tinha apenas três anos de idade e seu pai é um homem distante, incapaz de assumir responsabilidades. Valentin é uma criança solitária, em uma busca constante por amor e afeto. Ele tem duas obsessões: tornar-se astronauta e que o pai o leve ao encontro de sua mãe. Mas seu pai não quer remexer no passado e, além de tudo, está mais preocupado com seus relacionamentos passageiros. Até a chegada de Letícia (Lulieta Cardinali), a quem o menino se apega imediatamente.
Valentin faz o papel de cupido, tentando juntá-los e assim ter uma mãe de verdade.
Como ele pretende resolver os problemas da sua própria vida, sua determinação e espírito indomável irão trazer felicidade, sabedoria e até romance àqueles que o rodeiam.



Estrelando: Julieta Cardinali, Carmem Maura, Alejandro Agresti, Rodrigo Noya, Jean Pierre Noher.


Dirigido por: Alejandro Agresti
Gênero: Drama

Tempo: 86 min.
Lançamento: 2002
Lançamento DVD: Maio de 2005
Classificação: 12 anos


Resenha do filme escrita por LILIAN ABELIN, em 29 de novembro, em


Fontes:

http://br.cinema.yahoo.com/dvd/filme/11632/reviews/valentin


http://www.ifsul.edu.br/


"Quando eu voltei após comprar o ravioli, fiquei deprimido. As namoradas de meu pai duram tão pouco. Não sei. Deve ser o caráter."  A frase é de Valentin, o protagonista que intitula a obra-prima argentina, lançada em 2002. E diferente do que aparenta, é proferida por uma criança, de apenas oito anos.
A brilhante interpretação do menino Rodrigo Noya é o fio condutor da película, que composta também por um bom roteiro, é emocionante do início ao fim.
Ambientada na Argentina na década de 60, a narrativa se desenvolve a partir da história do garoto e de suas impressões sobre os acontecimentos e pessoas com quem convive.
A narração é feita por ele, e ao contrário dos filmes que utilizam personagens infantis problemáticos ou infantilóides, esse é carismático e encenado com leveza e naturalidade- o que é difícil de obter ao dirigir atores mirins.
A maturidade exibida por Valentin ao fazer suas reflexões e emitir opiniões é encantadora.
"– Eu tenho um plano"- ele diz e corre para pôr em prática, a fim de ajudar aos outros e contornar seus próprios problemas. Como quando a avó - única pessoa que tem na vida- adoece e ele arma para o médico encontrá-la na feira, único local que ela freqüenta, para que possa ser medicada. E quando percebe que não tem o mesmo privilégio das outras crianças ao observá-las com suas mães.
A valentia e astúcia características de um adulto são utilizadas para contornar os seus problemas- que não são poucos, tampouco comuns a uma só criança.
Como se não bastasse os pais serem separados por conta de uma traição da mãe, essa desapareceu de seu convívio e o pai (Alejandro Agresti, que também assina a direção e roteiro) é ausente e egoísta.
Sua tia fugiu com um taxista e o avô morreu logo em seguida.
Mora então, com a avó (Carmen Maura), e tem de suportar sua amargura , queixas constantes e a saudade permanente do falecido marido.
Com tudo isso, ele acaba por focar sua vida em dois objetivos: ser um astronauta pra pisar na lua (o que na época ainda não tinha acontecido) e ter uma mãe.
E aí também reside o encanto: as cenas em que ele demonstra seu entendimento em física e se esforça para que o pai arranje uma namorada são hilárias.
Talvez o nome Valentin seja uma alusão à São Valentin- equivalente de Santo Antônio- já que o garoto é um verdadeiro cupido.
Os demais personagens do filme também rendem cenas interessantes.
Sobretudo o amigo Rufo, que em meio as aulas de piano troca confidências como se estivesse com um companheiro da mesma idade, seu tio Chiche (Jean Pierre Noher) e a namorada do pai (Julieta Cardinali). Impossível ficar indiferente às reflexões presentes no filme.
"Não sei, há pessoas que têm tudo e não aproveitam. Há pessoas que parece que não vivem, ou que a vida não lhe é útil". Não é apenas uma filosofia.
É uma criança observando o que muitos de nós as vezes não percebemos.
Valentin alcança o que poucos conseguem: atingir o coração.


Leia também o artigo:

Mares de Algodón. Imágenes Poéticas para una Experiencia de Infancia. (Lectura del Film Valentín)
Dra. Liliana J. Guzmán



Publicado em
Revue childhood & philosophy, Vol 4, No 8 (2008)
http://www.mexurtizberea.com/home.html

sábado, 12 de dezembro de 2009

Doutorado

Grupo de estudo e pesquisa sobre educação escolarizada a partir das idéias de Pierre Bourdieu

A pesquisa desenvolvida no Grupo de Estudo e Pesquisa sobre educação escolarizada a partir das idéias de Pierre Bourdieu é coordenada pela Professora Doutora Marilda da Silva: Docente credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara-SP (UNESP).
O referido grupo tem como foco de estudo a Formação Docente a partir dos modos de ser do Professor. Busca identificar elementos que caracterizam e constituem o Hábitus Profissional do educador, designado como habitus professoral, por Pierre Bourdieu, nas suas interfaces com o capital cultural e a formação da identidade do professor na e a partir de sua trajetória de vida e profissional.
Os trabalhos nele realizados são resultantes de pesquisas e estudos desenvolvidos em Projetos em nível de Mestrado e Doutorado.
O Grupo tem como objetivo produzir uma base empírica acerca da formação de professores, tendo como foco sua identidade, saberes docentes e memória, tendo como base teórico-metodológica as idéias de Pierre Bourdieu.


Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico ( 2) Doutorado (3)
Integrantes: Marilda da Silva - Coordenador /
Claudia Ximenez Alves
Vilmar Jose Borges
Daniela Donato
Elaine Cristina Scarlatto
Eva Poliana Carlindo

Sobre narrar, dizer, arriscar mostrar(se)...

Quando é verdadeiro,

quando nasce da necessidade de dizer,

A voz humana não encontra quem a detenha.

Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for.

Porque todos, todos temos algo a dizer aos outros,

alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada

Ou perdoada pelos demais


Galeano

Crianças de revistas (1930-1950)

Este artigo eu recomendo para quem se interessar pelo conteúdo deste blog


Crianças de revistas (1930/1950), artigo publicado na Revista Educação e Pesquisa, vol.26 no.1 São Paulo Jan./June 2000

Resumo


As revistas brasileiras Vida Doméstica e Fon-Fon! publicaram entre 1930 e 1959 diferentes materiais sobre infância: textos, fotografias, caricaturas, desenhos ilustrativos etc. Este artigo analisa algumas imagens fotográficas ali presentes, discutindo seus campos temáticos e alguns procedimentos de análise que contribuíram para a caracterização das crianças no universo social brasileiro pelos periódicos indicados.

As crianças neles representadas eram, na sua maioria, brancas e possuíam vida familiar estruturada (pai, mãe) e condição social privilegiada. As fotos das crianças, em algumas circunstâncias, eram produzidas em estúdios fotográficos e destacavam a beleza e felicidade. Seus trajes e adereços ajudavam a compor a imagem de criança bem nascida e feliz.

O universo da fotografia na infância está articulado a outras preocupações constantes quando se fala de criança: saúde, educação, religiosidade, lazer e moda. As fotos institucionais como, por exemplo, dos parques infantis assumem características diferentes daquelas explicitadas anteriormente. Nesse caso, as crianças eram fotografadas coletivamente como propaganda das atividades desenvolvidas pelas instituições.

Considerando a fotografia como produção social, e evitando, portanto, concebê-la como reflexo do real, o artigo procura articular textos e imagens, bem como refletir sobre diferentes possibilidades do mundo infantil.

Palavras-chave: Infância – Imprensa – Fotografia.

Vítor Ramil: músico e escritor pelotense




O timbre de sua voz flui naturalmente entre os contornos rigorosos da música que ele compõe e toca ...


vibração rítmica, sutilezas harmônicas e melódicas...


me fazem desembarcar na estação das coisas essenciais....


Eis a velocidade e a intensidade com que a sonoridade de seu violão milongueiro toca em mim...

Reflexões...

Dissertação acerca de um trecho do romance “O Lobo da Estepe”, de Herman Hesse

Estou cá se me invento, me faço e (me) traço. No giz papel e aço escondo as sombras e a fragilidade no que tenho e sou. No corpo esboço o retrato de mim. Evoco o que penso ser no tempo que em mim estou. Minha sombra, meu mundo, minhas imagens, meu assombro. Carne osso lápis giz. Traço. Passo. Nada óbvio, nem rubro, nem quase.
Se encubro a pele esquivo. Fujo.
Se o tempo me desconserta, incerto, meu corpo dentro incompleto, venta, frio, na noite da minha dor, terna alma.
Dentro a memória, história, folhas incompletas...
O tempo, ou um mundo sem tempo? Não posso contrastar ou tornar divisível estas duas possibilidades.
Sei onde escondo o que quero, mas não sei por onde disfarço o que não quero. Algo que me desvela, mas não me desvenda. Me revela, simplesmente. Sutis sentidos para significados tão distantes, tão divergentes.
Difícil, ou ingênuo, talvez, seja articular palavras para referir-se ao sentimento. Sentir é algo tênue, absoluto, íntimo, duro, lento, meu.
Desejo(s): em mim, do outro, no outro, pra mim. Gira e não para. Movimenta-se continuamente, num tempo vivo, pulsante, alerta.
Meu mundo é o que me permito ver. Nele, ver e sentir podem ora convergir ora divergir. Eu sinto. Muito. Eu desejo. Muito. Eu preciso imaginar...

Claudia Ximenez

Sobre este Blog...

Fevereiro de 2010,


Caro visitante,

Seja bem vindo a este espaço de reflexões sobre Memórias Lúdicas.

Sou aluna de um Programa de Doutorado em Educação e meu trabalho de tese, ora em curso, investiga esta temática. Por isso, a necessidade e o interesse em dialogar com pares e intercambiar idéias a respeito deste campo de estudo. 

Conto com sua participação!

Os textos que indico e leituras que sugiro são apenas resultado de buscas que pretendo compartilhar com aqueles que também realizam trabalhos neste campo.

Referências bibliográficas sobre Memória na Educação são bem vindas, aqui!

Espero que sua visita seja constante e que deixe seu recado com impressões e sugestões, pois assim poderei ampliar e colaborar com outros pares que, assim como você, nos visitam!

Obrigada por sua visita!

Claudia Ximenez

Sobre este blog!!! Seja bem vindo!!!!

Dezembro de 2009,

Caro visitante ,


Eis um espaço para reflexão sobre Memórias Ludicas de Infancia de Educadores.


Espero que nele você encontre textos que tematizam sobre o Brincar e a Ludicidade, tanto na infância quanto em histórias de educadores de educação infantil.


Meu Doutoramento, iniciado em 2009, na Universidade Estadual Paulista (UNESP), pretende desvelar os questionamentos que buscam compreender os cenários que retratam esta prática social e cultural tão fascinante na vida de um sujeito: sua ludicidade sentida, vivida, sonhada, imaginada, lembrada, narrada, presente, passado, invisível, inusitada...


Como projeto meu, ora iniciado, espero que participe dos seus, colaborando em suas buscas por novas construções teóricas.

"Descobri como é bom chegar
Quando se tem paciência.
E para se chegar,
Onde quer que seja,
Aprendi que não é
Preciso dominar a força,
Mas a razão.
É preciso,
Antes de mais nada,
Querer.
(Almir Klink, 2007)


"Navegar é preciso,
viver não é preciso..."
(Fernando Pessoa)


Obrigada por sua visita,

Claudia

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