CLAUDIA XIMENEZ

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Possui Graduação em Pedagogia pela UNESP(1991),Especialização em Psicopedagogia pela USP (1993), Mestrado em Psicologia da Educação pela USP (2001)e Doutorado pela UNESP (2013). Sou Profa Adjunto no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), junto à área de Psicologia Educacional, desde 2001. Em meu percurso profissional, atuei como Psicopedagoga Clínica e Institucional em instituições públicas paulistas (São José dos Campos, Bebedouro e Ribeirão Preto) durante 7 anos; Fui Docente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP) em 2001; Docente e Orientadora de Monografias em Cursos de Especialização na área de Psicopedagogia ; Coordenei um Programa de Extensão, "Ludoteca", onde desenvolvi estudos e orientei monografias, TCCs e bolsistas na tematica "Brincar na Infância em contextos educativos não-formais". Tenho experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Brincar na Infancia; Ludicidade e Formação de Professores; Memória Lúdica de Professores e implicações na pratica e concepções docente; Cinema e Infância; http://lattes.cnpq.br/1868082043428099

domingo, 13 de dezembro de 2009

Infância no Cinema

Valentin
(Valentin, Argentina/ Holanda, 2002)

Aplaudido pela crítica e vencedor de vários prêmios, o longa mostra o mundo a partir do ponto de vista de um garoto de oito anos.

Valentin é um jovem que sente a ausência dos pais, e seu maior sonho é ser uma criança comum e ter uma família realmente sua.
1960, Buenos Aires.

Valentin (Rodrigo Noya) é um menino de nove anos que vive com sua avó (Carmem Maura).
Sua mãe desapareceu quando tinha apenas três anos de idade e seu pai é um homem distante, incapaz de assumir responsabilidades. Valentin é uma criança solitária, em uma busca constante por amor e afeto. Ele tem duas obsessões: tornar-se astronauta e que o pai o leve ao encontro de sua mãe. Mas seu pai não quer remexer no passado e, além de tudo, está mais preocupado com seus relacionamentos passageiros. Até a chegada de Letícia (Lulieta Cardinali), a quem o menino se apega imediatamente.
Valentin faz o papel de cupido, tentando juntá-los e assim ter uma mãe de verdade.
Como ele pretende resolver os problemas da sua própria vida, sua determinação e espírito indomável irão trazer felicidade, sabedoria e até romance àqueles que o rodeiam.



Estrelando: Julieta Cardinali, Carmem Maura, Alejandro Agresti, Rodrigo Noya, Jean Pierre Noher.


Dirigido por: Alejandro Agresti
Gênero: Drama

Tempo: 86 min.
Lançamento: 2002
Lançamento DVD: Maio de 2005
Classificação: 12 anos


Resenha do filme escrita por LILIAN ABELIN, em 29 de novembro, em


Fontes:

http://br.cinema.yahoo.com/dvd/filme/11632/reviews/valentin


http://www.ifsul.edu.br/


"Quando eu voltei após comprar o ravioli, fiquei deprimido. As namoradas de meu pai duram tão pouco. Não sei. Deve ser o caráter."  A frase é de Valentin, o protagonista que intitula a obra-prima argentina, lançada em 2002. E diferente do que aparenta, é proferida por uma criança, de apenas oito anos.
A brilhante interpretação do menino Rodrigo Noya é o fio condutor da película, que composta também por um bom roteiro, é emocionante do início ao fim.
Ambientada na Argentina na década de 60, a narrativa se desenvolve a partir da história do garoto e de suas impressões sobre os acontecimentos e pessoas com quem convive.
A narração é feita por ele, e ao contrário dos filmes que utilizam personagens infantis problemáticos ou infantilóides, esse é carismático e encenado com leveza e naturalidade- o que é difícil de obter ao dirigir atores mirins.
A maturidade exibida por Valentin ao fazer suas reflexões e emitir opiniões é encantadora.
"– Eu tenho um plano"- ele diz e corre para pôr em prática, a fim de ajudar aos outros e contornar seus próprios problemas. Como quando a avó - única pessoa que tem na vida- adoece e ele arma para o médico encontrá-la na feira, único local que ela freqüenta, para que possa ser medicada. E quando percebe que não tem o mesmo privilégio das outras crianças ao observá-las com suas mães.
A valentia e astúcia características de um adulto são utilizadas para contornar os seus problemas- que não são poucos, tampouco comuns a uma só criança.
Como se não bastasse os pais serem separados por conta de uma traição da mãe, essa desapareceu de seu convívio e o pai (Alejandro Agresti, que também assina a direção e roteiro) é ausente e egoísta.
Sua tia fugiu com um taxista e o avô morreu logo em seguida.
Mora então, com a avó (Carmen Maura), e tem de suportar sua amargura , queixas constantes e a saudade permanente do falecido marido.
Com tudo isso, ele acaba por focar sua vida em dois objetivos: ser um astronauta pra pisar na lua (o que na época ainda não tinha acontecido) e ter uma mãe.
E aí também reside o encanto: as cenas em que ele demonstra seu entendimento em física e se esforça para que o pai arranje uma namorada são hilárias.
Talvez o nome Valentin seja uma alusão à São Valentin- equivalente de Santo Antônio- já que o garoto é um verdadeiro cupido.
Os demais personagens do filme também rendem cenas interessantes.
Sobretudo o amigo Rufo, que em meio as aulas de piano troca confidências como se estivesse com um companheiro da mesma idade, seu tio Chiche (Jean Pierre Noher) e a namorada do pai (Julieta Cardinali). Impossível ficar indiferente às reflexões presentes no filme.
"Não sei, há pessoas que têm tudo e não aproveitam. Há pessoas que parece que não vivem, ou que a vida não lhe é útil". Não é apenas uma filosofia.
É uma criança observando o que muitos de nós as vezes não percebemos.
Valentin alcança o que poucos conseguem: atingir o coração.


Leia também o artigo:

Mares de Algodón. Imágenes Poéticas para una Experiencia de Infancia. (Lectura del Film Valentín)
Dra. Liliana J. Guzmán



Publicado em
Revue childhood & philosophy, Vol 4, No 8 (2008)
http://www.mexurtizberea.com/home.html

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